quarta-feira, 3 de março de 2010

Inverno!

O inverno tem sido rigoroso, o frio continua a sentir-se e pela primeira vez, numa ilha cujo clima é considerado ameno este não se fez sentir. Foram várias as noites em que a temperatura chegou aos 5 graus, foram várias as noites em que nem um aquecedor nos bastou para deixar-mos de sentir frio!
Os animais recolhem mais cedo, os cães escondem-se nas suas casotas, os gatos procuram o calor do colo dos seus donos. 04 de março de 2010, são os números apresentados pelo calendário, 2010 ,apesar de ainda jovem, tem-se demonstrado implacável para com os Homens, primeiro o Haiti, depois a Madeira e agora o Chile onde se vivem horas de agonia. 45 segundos foi o tempo que a Terra tremeu, tal como um brinquedo nas mãos de uma criança, o mundo tal como o conhecemos está de pernas para o ar, as flores já deveriam de estar a desabrochar, os pássaros já deveriam de se fazer ouvir. Onde pára a rotina do mundo?
Eu não sou a pessoa que mais adora rotinas, mas o mundo definiu a sua rotina e foi com ela que crescemos e mais importante foi a essa rotina que nos adaptámos. Será que estamos perante o começo de mais uma idade do gelo? Ou apenas perante um inverno rigoroso? Não sou bruxa
, nem tenho poderes que me permitam ver o que o futuro nos reserva, até lá vivo esta vida gelada na esperança que o sol apareça e aqueça, na esperança que o mundo volte à sua rotina.
Que mais nos espera? Vivo acreditando que o ano vai melhorar, que no meio de tanta desgraça muita alegria se sentirá, a questão é quando. Os Homens mais do que nunca têm que se unir, são muitas as pessoas que precisam da nossa ajuda. Quem sou eu para me estar a queixar do frio? Lá fora existem pessoas que nem um tecto tê, que nem uma família têm para partilhar os sentimentos. O planeta está de luto, os jornais são inundados por tragédias , nas televisões assistimos a imagens de dor, a tragédia é visível.
Já não se ouvem os sons das g3 no Iraque, já não se discutem protocolos sem sentido, já não se fala em corrupção mas sim em solidariedade. Será preciso uma tragédia para percebermos que as guerras não nos levam a sentido nenhum?

0 Comments:

Post a Comment